Sobrevivi a Auschwitz

Outros

Uma honra participar desse livro como a pena que registra essas memórias, como ouvinte, leitora, interlocutora, sendo um desafio atuar na concepção, textos, coordenação editorial, pesquisa e edição de imagens.

 

“Este livro celebra a vida preciosa do querido Sr. Johny F., que após passar pela experiência brutal e cruel dos campos de concentração, tornou-se um exemplo de sobrevivência e resiliência com força e determinação, sem jamais perder o humor ou a esperança.

Uma honra participar desse evento sendo a pena que registra essas memórias, como ouvinte, leitora, interlocutora, me aventuro a fazer associações simbólicas em busca de compreender o significado da vida.  

Historicamente, conflitos de ordem ideológica ou religiosa como nazismo, judaísmo e cristianismo, vêm causando uma profunda violência contra um sentido digno de ser humano. Todos negam a Deus ao se instituírem uns contra os outros, o homem buscando acertar, acaba por causar calamidades desumanas e mortes incalculáveis. No caso do povo judeu, a cultura encontra-se intrinsicamente ligada à religião.

Nosso nome, assim como os antepassados e a descendência, está entre os mais significativos vínculos que criamos em busca de uma identidade e sentido para a vida, e, por vezes, encontra-se carregado de simbologias.

Feuerstein traz dois fortes elementos: feuer = fogo, e stein = pedra. Usada como fundamento para uma edificação, a pedra tem um importante significado na construção da identidade de vários povos e civilizações. Em Guilgal, havia 12 pedras colocadas em círculo para lembrar as 12 tribos de Israel. Também uma pedra serviu como travesseiro para o sonho em que Deus revela a Jacó, sua fidelidade e a promessa de uma vasta descendência.

Para alguns povos, o caráter sagrado de certas pedras foi reforçado pelo fato de se poder fazer fogo com a fricção de duas delas. Fogo, que parece ter vida, porque consome, aquece e ilumina, é considerado por muitos povos como algo sagrado, purificador e regenerador, mas também por causar dor e morte, como algo ambivalente.

Simbolicamente, Deus estava na imagem de uma coluna de fogo a conduzir o povo judeu pelo deserto, para libertá-lo da escravidão no Egito, e alcançar a Terra Prometida. Da mesma forma, Cristo é, tanto a pedra angular sobre a qual a igreja é edificada, ao perdoar os pecados, vencer a morte e ressuscitar, como também, na forma de línguas de fogo, acaba com a confusão de significados. Ele morreu para que todo aquele que nele crê possa gozar da vida eterna. Não existe maior amor do que um pai que dá a vida para que o filho não morra, e possa sobreviver na eternidade.

 Feuerstein traz instintos de sobrevivência! E é disto que trata esse livro.”

                                                                                                                       Irene Sinnecker Levin

 

 

“This book celebrates the precious life of dear Mr. Johny F., who after experiencing the brutality and cruelty of the concentration camps, has become an example of survival and resilience, full of strength and determination, without ever losing his humor or hope.

It is a great honor to be the quill that registers these memories, as listener, reader, and interlocutor venturing into making symbolic associations, seeking to understand the meaning of life.

Throughout history, ideological or religious conflicts such as Nazism, Judaism and Christianity, have caused a deep violence against a decent sense of being human. We have all denied God by standing against each other, while seeking to be righteous, and eventually causing inhumane disasters and invaluable deaths. In the case of the Jewish people, culture is intrinsically linked to religion.

Our name, as well as the ancestors and descendants, is among the most significant links we create in search of an identity and meaning in life, and, at times, it can be charged with symbology.

Feuerstein carries two strong elements: “feuer” = fire, and “stein” = stone.

Used as foundation for edification, the stone has had an important significance in the identity construction of various peoples and civilizations. In Gilgal, there were 12 stones placed in a circle to recall the 12 tribes of Israel. A stone has also served as pillow to the dream in which God revealed to Jacob his loyalty, and the promise of innumerable offspring.

For some people, the sacred character of certain stones was reinforced by the fact that they could make fire with the friction of two of them.

Fire, which seems to have life, because it consumes, heats and lights, has been considered by various peoples as something sacred, purifying and regenerating, but also for causing pain and death, as something ambivalent.

Symbolically, God was in the image of a pillar of fire to lead the Jewish people through the desert, to free them from slavery in Egypt, and make them reach the Promised Land.

Likewise, Christ is both the cornerstone on which the church is built, for forgiving sins, overcoming death and resurrecting, and also for taking the form of tongues of fire, for ceasing the confusion of meanings.

He died so that whoever believes in him may enjoy eternal life. There is no greater love than that of a father who gave his life for the child not to die, and thus, be able to survive in eternity.

Feuerstein carries survival instincts! And that is what this book is about.”

                                                                                                                             Irene Sinnecker Levin

 

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